quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Franquia e Licenciamento.

Cuidado para não confundir licenciamento com franquia. As legislações estão abaixo, e muitas vezes alguém acredita que está licenciando um produto ou marca, e na prática está vendendo uma franquia. Quando isso ocorre, o " licenciador - franqueador" vai acabar mal, pois não terá obedecido as regras sobre a Circular de Oferta de Franquias, e um juiz, numa contenta com um "licenciado- franqueado" provavelmente vai dar ganho de causa para o último.

Veja só o que diz na Lei 8955 (que regula o franchise):

Art. 4º A circular oferta de franquia deverá ser entregue ao candidato a
franqueado no mínimo 10 (dez) dias antes da assinatura do contrato ou précontrato
de franquia ou ainda do pagamento de qualquer tipo de taxa pelo
franqueado ao franqueador ou a empresa ou pessoa ligada a este.

Parágrafo único. Na hipótese do não cumprimento do disposto no caput deste
artigo, o franqueado poderá argüir a anulabilidade do contrato e exigir devolução
de todas as quantias que já houver pago ao franqueador ou a terceiros por ele
indicados, a título de taxa de filiação e royalties, devidamente corrigidas, pela variação da remuneração básica dos depósitos de poupança mais perdas e danos.


Mas como saber se estou licenciando ou franqueando?
Bem, o primeiro ponto é o seguinte, licenciamento é um conceito relativo à PATENTES e MARCAS. Se aquilo que você está transmitindo não se resume a isso, provavelmente você está no sistema de fraquias, e não num caso de licenciamento.

A coca cola é uma marca, e a Mônica e o Cebolinha podem ser alvos de licenciamento (que permita a alguém explorar esses personagens em uma lancheira por exemplo), mas NUNCA um sistema de negócios.

Observe na Lei 9279 o que pode ser patenteado:

Art. 9º É patenteável como modelo de utilidade o objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação.

Art. 10. Não se considera invenção nem modelo de utilidade:
I - descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos;
II - concepções puramente abstratas;
III - esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis, financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização;
IV - as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação estética;
V - programas de computador em si;
VI - apresentação de informações;
VII - regras de jogo;
VIII - técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como métodos terapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no corpo humano ou animal; e
IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais.
Art. 11. A invenção e o modelo de utilidade são considerados novos quando não compreendidos no estado da técnica.

Mas...

Se você oferece treinamento ou transferência de modelo de negócio... cuidado, temos ai uma franquia.

sábado, 24 de novembro de 2007

Seminário - Como vender mais franquias.

Participei do seminário ontem. Realmente muito bom. Rizzo, sabe "desestruturar" paradgmas, e apresentar outras formas de enxergar um mundo, que mesmo para quem estuda o assunto, ainda oculta muitos segredos.

O brinde fica pelos diversos casos comentados no curso, muitos dos quais ele corajosamente cita nomes e aponta estratégias erradas. Segundo Rizzo, o comprador de franquias está procurando comprar, antes de mais nada, experiência do franqueador. Certamente, o franqueador que faz o seminário, também terá a certeza de ter comprado experiência, como eu tive.

Indico.

Para saber sobre os próximos:
Informações e Inscrições: Nelci - nelci@rizzofranchise.com.br - (11) 4022-7345
Rizzo Franchise Ltda. Fone: 55 (11) 4022-7345

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Como vender mais franquias?

M. Rizzo ministrará um seminário dia 23 de novembro, sobre os aspectos relevantes na comercialização de uma franquia.

P R O G R A M A

PAPEL DO FRANQUEADOR NA EXPANSÃO
O papel do franqueador na expansão da rede de franquias, suas responsabilidades e o resultado -amanhã- das decisões tomadas -agora- para a expansão da sua rede de franquias.

MUITO PRAZER, SOU UM POTENCIAL CANDIDATO À SUA FRANQUIA
Como identificar e conhecer as pessoas que desejam comprar sua franquia, como pensam, agem e o que elas realmente desejam. Qual é o perfil do franqueado ideal para a sua franquia e como encontrá-lo.

CAMPANHAS DE VENDAS DE FRANQUIAS QUE FUNCIONAM
Como montar uma campanha de vendas de franquias que funcione, conversando diretamente com seu candidato ideal.

SISTEMATIZANDO A VENDA DE FRANQUIAS E A SELEÇÃO DE CANDIDATOS
Como se comunicar com centenas de prospects ao mesmo tempo, gerenciando o contato e buscando o candidato ideal em cada localidade desejada para expandir. O quê informar e quanto deve ser informado para cada fase da venda. Frente a frente com candidatos, como manter o controle da situação e vender efetivamente a franquia.

FECHANDO A VENDA DA FRANQUIA - AVALIAÇÃO INDIVIDUAL

Data:
23/11/2007 das 09:00h às 18:00h Local São Paulo - SP Novotel São Paulo Center Norte Sala: Raposo TavaresInvestimento: R$ 750,00
Preços e condições especiais para mais de um pariticipante por empresa e inscrições antecipadasVagas Limitadas!

Mais InformaçõesPor e-mail:nelci@rizzofranchise.com.br

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Franqueados e Empreendedores.

Existem muitos franqueadores que dizem estar atrás de franqueados que tenham o perfil empreendedor. Acho essa frase um pouco arriscada, afinal, o empreendedor não é apenas o cara que leva um negócio adiante, mas também o inovador, que não gosta de se ater a regras e padrões. Será que o franqueador realmente deve procurar pessoas que questionam a forma como as coisas são feitas dentro da rede? Não seria melhor alguém comprometido, mas que saiba que numa franquia, o sucesso está em seguir o padrão?

Conheça também:
O que é andragogia.

sábado, 10 de novembro de 2007

Treinamento de Franqueados

esse trecho do livro Franchising na Prática (Marcelo Cherto e Marcus Rizzo, 1994) é muito interessante. É um pedaço da fala de Peter Rondebeck, então presidente do Mc Donand´s:

"O treinamento de oito a onze meses é muito longo: o porquê é muito simples. Se você vai aprender a jogar tênis, em um dia aprende as regras, no outro dia vai aprender com vídeo como se faz, etc.. mas, para jogar, val levar meses de prática. "

Discute a importância do aprendizado prático (para quem vai tocar negócios) no blog:
Educacao empreendedora.



quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Mortalidade de franqueadores

O livro Franchise o négocio do Século do professor Marcus Rizzo é muito interessante e traz dados sobre os quais refletir.
Um exemplo, 13% dos franqueadores NUNCA operaram o negócio que estão franqueando (RIZZO,p.37). Assustador?! Não é a toa que em dez anos, 756 franqueadoras fecharam as operações segundo o autor, e pior o universo de franquias no Brasil é da ordem de 1.500... é uma taxa de mortalidade muito alta, não acha? É melhor saber que uma franquia é séria antes de investir seu capital nessa unidade.

domingo, 4 de novembro de 2007

Como saber se uma franquia é séria?

Existem várias coisas que se pode fazer para avaliar uma franquia antes da compra. A mais esclarecedora delas é conversar com um franqueado da rede. Pergunte ao franqueado:
- Quando ele comprou a franquia? (saiba que até 2 anos os franqueados tendem a idolatrar o franqueador, e entre 2 até 4 anos, costumam ocorrer os maiores conflitos. Com mais de 4 anos de franquia, a opinião provavelmente será mais correta.)

- Por que escolheu esta? (compare com suas razões)

- Qual era seu conhecimento/experiência anterior em negócios?

- O que você esperava? Suas expectativas estão sendo satisfeitas?

- Houve problemas? Quais?

- Qual o tamanho do terrítorio? É exclusivo?

- Qual sua maior reclamação do franqueador?

- Qual seu maior elogio ao franqueador?

- Como está sua relação com o franqueador?

- Qual seu maior problema com a empresa (sua unidade) hoje?

-As taxas de franquias e Royalts lhe parecem justas?

- Qual o tempo de dedicação que a franquia demanda? Isso varia muito?

- Qual conselho você me daria?

- Você compraria a franquia novamente? Por quê?

Se conseguir encontrar também franqueados que faliram ou desistiram daquela rede, tente conversar com estes.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Franquia, relação de confiança e o Pais da informalidade.

Conforme apresentado por Lindolfo Martin, franqueador da rede Multicoisas, e transcrito na obra de Rizzo e Cherto (1994):

Os conflitos, se bem resolvidos, fazem o sistema crescer. Tenho o caso dos contadores locais, que queriam questionar o conceito de transparência sugerido pelo sistema; tive muitos problemas com esses contadores. Hoje, nosso problema, inclusive para admissão de contadores para o franqueado (SIC), é de licenciar ou autorizar o contador, procurando fazer sempre uma sabatina com relação a esse conceito. Porque normalmente eles procuravam minar meu franqueado com colocações do tipo: ‘você está louco, você vai quebrar se vender tudo com nota’. E ele não tinha culpa, pois jamais tivera um cliente com tal postura. E tem um problema: o contador era um aliado do dia a dia do franqueado, e eu estava a setecentos quilômetros de distância. Essa figura é muito importante nas minhas novas franquias, e tenho de trazer o contador para bem próximo do sistema. (RIZZO e CHERTO, 1994, p.47)

RIZZO, M.; CHERTO, M. Franchising na Prática. São Paulo: Makron Books, 1994.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Monitoramento

Frazer (1998, p.594) teorizou, e encontrou evidências numa pesquisa com 262 franqueadores na Australia, que as atividades de monitoramento do franqueado por parte do franqueador é menor se esse cobra uma taxa fixa do franqueado ao invés de uma percentagem de vendas, assim é mais provável o uso de visitas constantes, de espiões e de mais relatórios quando o contrato prevê o pagamento de percentagem de vendas ou faturamento. Por outro lado, o mesmo trabalho não encontrou evidências que as dificuldades de monitoramento sejam correlacionadas com o uso da taxa fixa. Para avaliar as dificuldades de monitoramento foi considerada a dispersão geográfica, o número de escritórios próximos, e o setor (serviços ou indústria).

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

O que as Franquias tem haver com os francos

A rede de franquias, modalidade de exploração de negócio, também denominada franchising, não é nova. Suas origens remontam à Idade Média, segundo alguns autores, a ortoga do direito de cobrar impostos que o Rei transmitiu a seus vassalos. A origem da palavra na França está relacionada à palavra francie que significava livre de servidão ou da restrição. Note que a palavra lembra o nome do País, France, que também está associado a idéia de Liberdade. Se formos ainda mais longe a palavra "France" tem relação com o povo alemão Frank (franco) que dominou aquela região por muitos anos. Franco é uma pessoa livre, para falar o que pensa.
Estudo desenvolvido pelo Professor Edgar Monforte em sua tese de doutoramento, conclui que no sistema de franchising, a marca é um dos principais indicativos de uma boa performace junto ao consumidor.

O trabalho está disponível em:
MERLO, EDGAR M. O desempenho do setor de franquias no Brasil: um estudo exploratório dos principais condicionantes de performance. Tese de Doutorado, São Paulo: Universidade de São Paulo, FEAUSP, 2000.