quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Fora do guia da ABF.

Boa parte das franquias brasileiras não está listada no guia da ABF. Isso não quer dizer que sejam franquias de empresas pequenas. Por exemplo a distribuição de gasolina ocorre através de empresas de franquias e o correio atua com franquias. Um outro exemplo é a Jokerman Postais Publicitários.

sábado, 16 de agosto de 2008

Crescimento do sistema de franquias na Africa.

11 de Agosto de 2008 - O franchising vive uma fase de grande expansão em todo o mundo, que não dá sinais de fadiga, ainda que pesos pesados da economia global, como os Estados Unidos, caminhem rumo a um "soft landing". O fato é que existe um relativo descolamento entre crescimento econômico geral e crescimento no franchising. Isso porque o sistema de franquias aprendeu a crescer nas crises e, claro, na capacidade de o mundo sair delas. Se não, vejamos: o grande motor do avanço do franchising nos Estados Unidos foi a volta de veteranos da Segunda Guerra (1939-1945), que, calejados pelo conflito, não agüentavam mais chefes e patrões. Muitas marcas perceberam isso e, de olho nos recursos poupados por esses veteranos, decidiram oferecer-lhes a possibilidade do negócio próprio, usando as franquias. No Brasil, que hoje conta com um dos cinco maiores mercados mundiais para o franchising, o grande crescimento deu-se com base no desemprego gerado pela globalização nos anos 80 e 90. Com sua poupança, muitas vezes constituída por Planos de Demissão Voluntária (PDV), milhares de executivos e outros profissionais qualificados adquiriram sua franquia, agregando experiência à gestão das marcas. Hoje, a nova crise-solução para o franchising vem do antigo bloco socialista e das economias asiáticas que, até a década de 80, fechavam-se sobre seus mercados. Nesses lugares, onde as opções de varejo eram quase inexistentes, o avanço da economia de mercado ocorre, muitas vezes, tendo as marcas franqueadas como mola propulsora. Rússia, Polônia, República Tcheca, China, Tailândia, Vietnã ou Laos, transformaram-se em mercados muito atraentes para as franquias internacionais (inclusive as brasileiras), o que também estimula as marcas locais. O motivo é simples: para o empreendedor local, a franquia oferece uma marca de sucesso, com risco reduzido. Ainda são marcantes as imagens das filas quilométricas na abertura da primeira loja do McDonald’s em Pequim e Moscou. E para a marca, a associação com um parceiro local agrega know-how sobre o novo mercado, o que também diminui riscos. Um novo capítulo dessa história certamente será dado pelas economias mais promissoras da África, que aderiram à economia de mercado ou estão saindo de décadas de guerra civil. São os casos de Angola, Moçambique, Cabo Verde ou Congo. Lá, há imensas necessidades, no que se refere ao varejo. E o franchising certamente estará na linha de frente.
Ana Vecchi, diretora da Vecchi & Ancona Estratégia e Gestão, São Paulo
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 2)
(Ana Vecchi, diretora da Vecchi & Ancona Estratégia e Gestão, São Paulo)
OBS:
Acrescento ao texto da Ana Vecchi que os momentos de crescimento radical das franquias são também momentos que exigem maior atenção dos futuros franqueados, pois alguns franqueadores mal preparados e até mal intencionados surgem com maior frenquência.