sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Franquia, relação de confiança e o Pais da informalidade.

Conforme apresentado por Lindolfo Martin, franqueador da rede Multicoisas, e transcrito na obra de Rizzo e Cherto (1994):

Os conflitos, se bem resolvidos, fazem o sistema crescer. Tenho o caso dos contadores locais, que queriam questionar o conceito de transparência sugerido pelo sistema; tive muitos problemas com esses contadores. Hoje, nosso problema, inclusive para admissão de contadores para o franqueado (SIC), é de licenciar ou autorizar o contador, procurando fazer sempre uma sabatina com relação a esse conceito. Porque normalmente eles procuravam minar meu franqueado com colocações do tipo: ‘você está louco, você vai quebrar se vender tudo com nota’. E ele não tinha culpa, pois jamais tivera um cliente com tal postura. E tem um problema: o contador era um aliado do dia a dia do franqueado, e eu estava a setecentos quilômetros de distância. Essa figura é muito importante nas minhas novas franquias, e tenho de trazer o contador para bem próximo do sistema. (RIZZO e CHERTO, 1994, p.47)

RIZZO, M.; CHERTO, M. Franchising na Prática. São Paulo: Makron Books, 1994.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Monitoramento

Frazer (1998, p.594) teorizou, e encontrou evidências numa pesquisa com 262 franqueadores na Australia, que as atividades de monitoramento do franqueado por parte do franqueador é menor se esse cobra uma taxa fixa do franqueado ao invés de uma percentagem de vendas, assim é mais provável o uso de visitas constantes, de espiões e de mais relatórios quando o contrato prevê o pagamento de percentagem de vendas ou faturamento. Por outro lado, o mesmo trabalho não encontrou evidências que as dificuldades de monitoramento sejam correlacionadas com o uso da taxa fixa. Para avaliar as dificuldades de monitoramento foi considerada a dispersão geográfica, o número de escritórios próximos, e o setor (serviços ou indústria).

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

O que as Franquias tem haver com os francos

A rede de franquias, modalidade de exploração de negócio, também denominada franchising, não é nova. Suas origens remontam à Idade Média, segundo alguns autores, a ortoga do direito de cobrar impostos que o Rei transmitiu a seus vassalos. A origem da palavra na França está relacionada à palavra francie que significava livre de servidão ou da restrição. Note que a palavra lembra o nome do País, France, que também está associado a idéia de Liberdade. Se formos ainda mais longe a palavra "France" tem relação com o povo alemão Frank (franco) que dominou aquela região por muitos anos. Franco é uma pessoa livre, para falar o que pensa.
Estudo desenvolvido pelo Professor Edgar Monforte em sua tese de doutoramento, conclui que no sistema de franchising, a marca é um dos principais indicativos de uma boa performace junto ao consumidor.

O trabalho está disponível em:
MERLO, EDGAR M. O desempenho do setor de franquias no Brasil: um estudo exploratório dos principais condicionantes de performance. Tese de Doutorado, São Paulo: Universidade de São Paulo, FEAUSP, 2000.